Pre scriptum: não trataremos do que se deve fazer antes de se dirigir ao confessor (exame de consciência e contrição legítima). Trataremos de como se deve agir no ato da confissão.
1) Ao sentar-se, ou ajoelhar-se diante do sacerdote, talvez ele faça alguma oração. Fique em silêncio em clima de contrição e responda caso a oração for responsorial.
p.ex. Senhor, tende piedade de nós
2) Quando terminar, ele talvez lhe faça algumas perguntas, responda-as como devido.
3) Ele pedirá para que você acuse os pecados. Lembre-se de começar sempre pelos mais graves e dizendo a quantidade. Caso não se lembre da quantidade, dê ao padre uma noção.
p.ex. fiz muitas vezes, fiz poucas, fiz todo ou quase todo dia, etc.
4) Deve-se falar não o gênero do pecado, mas sua espécie juntamente com seu agravante. Entretanto, nunca se deve entrar em suas minunciosidades – exceto se o sacerdote pedir. Nesse caso, diga apenas o que ele pedir.
p.ex. não basta dizer que pecou contra o Sexto Mandamento, pois isso é muito vago. Precisa-se especificar se pecou por carícia, fornicação, cobiça do corpo alheio etc e se há algo que agrave, se se pecou por cobiçar o corpo alheio e a pessoa era casada ou consagrada a Deus por exemplo; mas nunca entre em detalhes em como foi o ato, exceto se o sacerdote pedir – como dito.
5) Não se deve ficar se defendendo. Acuse-se e pronto. Se achar que houve motivo que justifique o ato, então explique ao sacerdote para tirar a dúvida. Caso houve motivo justo, então não houve pecado.
p.ex. agrediu-se alguém de forma proporcional em ato de defesa de si ou de outrem.
6) Terminada a acusação dos pecados, talvez o sacerdote lhe dê alguns conselhos e peça uma penitência como satisfação pelos pecados. Em seguida, dará a absolvição e o sacramento está encerrado. “Vá e não peques mais”. Mesmo que o sacerdote não peça, faça um ato de contrição e alguma penitência após.
Post scriptum: jamais se deve usar a confissão para qualquer outra coisa que não seja pedir o perdão dos pecados. Não se deve usar dela para desabafo, ou coisa do tipo. Isso pode ser feito com o mesmo sacerdote fora do sacramento. A confissão não é uma psicoterapia nem uma direção espiritual; é um tribunal no qual, arrependidos, acusamos nossos crimes e Deus nos perdoa por eles através do sacerdote.