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O Milagre da Igreja - Volume 13 Capa comum – 25 junho 2015

4,8 4,8 de 5 estrelas 46 avaliações de clientes

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Dentre os padres pregadores de Santo Domingo, ordem de Sto. Tomás de Aquino, o filósofo neotomista Sertillanges é considerado um dos mais ativos e influentes do século XX. Conhecido pela forma clara de exposição, e também pela elegância na escrita, tratou de questões concernentes aos grandes problemas teológicos e morais de seu tempo. É dele o clássico da educação superior A vida intelectual.

Neste livro, ele trata da natureza da Igreja, do que ela é, afinal, e explica por que, para o católico, a Igreja não é uma instituição particular, como qualquer outra, mas sim uma instituição universal, que chama a si e que a si subordina realmente toda a raça, no intuito de, por Cristo, Homem universal, alçá-la ao Reino do Céu.

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Detalhes do produto

  • Editora ‏ : ‎ Ecclesiae; 1ª edição (25 junho 2015)
  • Idioma ‏ : ‎ Português
  • Capa comum ‏ : ‎ 196 páginas
  • ISBN-10 ‏ : ‎ 8563160680
  • ISBN-13 ‏ : ‎ 978-8563160683
  • Dimensões ‏ : ‎ 17.2 x 11.8 x 1.2 cm
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    4,8 4,8 de 5 estrelas 46 avaliações de clientes

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O produto chegou sem amassados, porém ele conta com algumas manchas e marcas, não veio com nenhum plástico envolvendo o livro, nada que atrapalhe a leitura, mas o livro tem um aspecto de má armazenagem.
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Principais avaliações do Brasil

  • Avaliado no Brasil em 1 de abril de 2020
    Sertillanges tem um ar apaixonado pela Igreja. Ele a descreve de modo claro e profundo.
    2 pessoas acharam isso útil
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  • Avaliado no Brasil em 24 de setembro de 2019
    letras boas e fortes
    1 pessoa achou isso útil
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  • Avaliado no Brasil em 4 de julho de 2019
    Ótima obra
    1 pessoa achou isso útil
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  • Avaliado no Brasil em 10 de agosto de 2016
    Cristo e a Igreja Ontem Hoje e Sempre. A narrativa e o enriquecimento com as pertinentes passagens do Evangelho ajudam a entender o tesouro da Fé Católica que recebemos.
    9 pessoas acharam isso útil
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  • Avaliado no Brasil em 20 de agosto de 2016
    Maravilhoso livro , Recomendo para todos que desejam saber porque os Católicos dizem que a Igreja Católica é de CRISTO.
    12 pessoas acharam isso útil
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  • Avaliado no Brasil em 21 de abril de 2019
    _____ AVALIAÇÃO DO LIVRO _____

    Antonin-Gilbert (Dalmace) Sertillanges é o autor de “A Vida Intelectual”, talvez o livro mais importante para aqueles que se sentem vocacionados ao trabalho intelectual. Padre da Ordem Dominicana e estudioso das obras de São Tomás de Aquino, publicou em 1933 este “O Milagre da Igreja”, que passo a comentar brevemente.

    Poder-se-ia dizer que “O Milagre da Igreja” realiza um estudo histórico sobre a Igreja Católica Romana, mas tal afirmativa não seria exata. Não se trata, aqui, de um livro de História, carregado de datas e locais, centrado em personagens e acontecimentos; antes, temos em mãos uma sorte de “história espiritual”, uma dissertação filosófica e religiosa sobre o desenvolvimento da Igreja Católica — desenvolvimento que ocorre no tempo, mas também acima da temporalidade.

    A edição é de bolso (tamanho “L&PM”), mas com papel amarelado, bem agradável, e com boa diagramação. A letra não é muito grande, o que é normal em livros “pocket”. Não há muitos erros de revisão, mas há alguns. Consegui fazer quase todas as minhas anotações usando as margens e a última folha do livro, mas tive de encolher a minha letra. Às vezes, na lateral do texto, o volume traz a indicação das passagens bíblicas a que o autor está aludindo, quando eventualmente ele cita algum trecho das escrituras; é um recurso bacana, que está presente em outros títulos da coleção “Ecclesiae de Bolso”.

    Vou dar quatro estrelas apenas porque senti falta de uma estrutura mais articulada, mais limpa. A construção dos períodos é belíssima, tal como ocorre em “A Vida Intelectual”, mas a arquitetura deste último é mais nítida e arejada do que a do livro ora em comento.

    A seguir, trago o índice da obra, acompanhado do resumo de suas idéias fornecido no “preâmbulo”. Depois, alguns trechos que selecionei, com breves comentários.

    _____ ÍNDICE E RESUMO _____

    I - A Igreja antes da Igreja.
    II - O nascimento da Igreja.
    III - Os primeiros desenvolvimentos da Igreja.
    IV - As primeiras conquistas.
    V - A Igreja e as civilizações anteriores.
    VI - A Igreja em face dos Césares.
    VII - A Igreja em face do tempo presente.

    « O Milagre da Igreja tem tantas formas, que foi deveras impossível, neste pequeno escrito, dar dele uma idéia suficiente, ou mesmo sumária.
    Tem-se distinguido:
    - o milagre dessa instituição que se precede a si mesma e domina o tempo;
    - o milagre do estabelecimento evangélico, compreendendo o estabelecimento do Homem-Deus em sua pessoa, vida, manifestações, obra;
    - o milagre da difusão cristã: entrada da Igreja na história por meios politicamente desproporcionados, adaptação prodigiosa aos regimes humanos acolhedores ou hostis, poder incomparável de absorção e de assimilação do princípio cristão relativamente aos elementos religiosos ou profanos que o meio lhe apresenta;
    - finalmente, o milagre imanente à existência atual da Igreja e à sua perpetuidade. » (p.13, separação em tópicos feita por mim)

    _____ TRECHOS E COMENTÁRIOS _____

    « Abstraindo por enquanto das diferenças particulares, dizemos: aparecendo Cristo no meio dos séculos — na “plenitude dos tempos”, como diz São Paulo —, o passado liga-se a Ele sob os auspícios da esperança, da espera, das preparações; o presente é a posse, e o futuro, volvendo-se para Cristo, tomará uma atitude inversa, ligando-se a ele pela lembrança, pelos desenvolvimentos da sua obra, pelo progresso. Cristo é assim todo de todos, posto que sob modos diversos. » (p.20).

    Eis aí um exemplo da prosa de Sertillanges, de seu discurso cristalino e ao mesmo tempo instigante, intricado. Todo o livro desenvolver-se-á sobre essa topologia peculiar, em que de um lado temos a inevitável linearidade do tempo, sempre unidirecional, sempre em progresso, mas de outro temos essa convergência para um ponto temporal específico, o passado e o futuro curvando-se para o nascimento, o ensino, a paixão, a ressurreição e a ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Desse modo, a história da Igreja antecede o surgimento da Igreja e prolonga-se eternamente:

    « [...] a Igreja não somente não morre, mas, em certo sentido, não nasceu; porquanto, se ela é uma realidade temporal, tendo uma história, é também uma realidade extratemporal, em razão de não passar a sua história de uma espécie de símbolo. Símbolo real, símbolo que é uma parte da sua realidade, mas que se acha transcendido por uma realidade mais alta, pertencente ao mundo do espírito roçando pelo tempo apenas com a ponta das asas » (p.15)

    Se a explicação da grandeza histórica da Igreja parece valer-se de sua grandiosidade espiritual, não há problema algum: é exatamente assim. A Igreja é um milagre, um milagre permanente de Cristo. No último parágrafo do livro, Sertillanges dirá: “Só o dogma da Igreja explica o fato da Igreja. Fora disso, não há explicação pertinente” (p.194).

    Cito mais alguns trechos, onde encontraremos o trabalho conceitual de duas faces do ser — os seus caracteres e as suas formas históricas efetivas —, de modo a constituir uma verdadeira filosofia acerca do Ser da Igreja na história, a qual culminará numa primeira explicação acerca do Milagre da Igreja:

    « Nos seus primórdios, a Igreja era o que é hoje? Exatamente, mas no estado envolvido, como que em germe. Nos seus primórdios, a Igreja não era nada, ou quase nada do que ela é hoje? Realmente, absolutamente não o era no estado desenvolvido, no estado de fenômeno histórico manifestado, evoluído; era-o, todavia, da outra maneira. » (p.72)
    « Isso significa que a Igreja é caracterizada, desde o início, segundo todos os caracteres íntimos que nela se revelarão na forma histórica: assim, o ovo ou o grão de uma certa espécie contém em si as características completas de uma certa espécie. E, por outra parte, isso significa que a Igreja, no início, não possui nem precisa possuir as formas históricas com que agraciará o futuro: assim o ovo não contém nem bico, nem pata, nem penas. » (p.74)
    « A vida da Igreja, precisamente por ser uma vida, não procede de fora, mas de dentro. O Espírito que a dirige não lhe é exterior; vive nela, e é o mesmo que é imanente à história universal e à natureza total. [...] O vivente “Igreja” cresce sozinho. Cresce lentamente, com a colaboração de todo o seu meio, como o dizíamos do germe, ao qual o próprio Evangelho o compara. » (p.93)
    « Pelo próprio fato de realizar-se isso sozinho, deve-se concluir que há aí um princípio interno. Assim também, a fabricação da Igreja por si mesma, com a colaboração do meio, é a prova de que a Igreja tem por princípio interno o Espírito de seu Cristo permanecido ativo nela. E é este o milagre. » (p.94)

    Também por meio de perguntas Sertillanges consegue atingir um estilo claro e pungente. Vejamos a beleza desta passagem:

    « Que é essa força invisível que une um grupo de barqueiros, que lhes anima a palavra e dá a esta uma eficácia sobre-humana? Que é essa chama que corre no meio da palha, consoante a comparação do salmista, e que provoca um incêndio maravilhoso? A humanidade era uma lenha seca? Bem, mas se sobre a lenha seca lançais apenas outra lenha seca, isso se amontoa; se lhe lançais água, ela apodrece. Onde está aqui o fogo? » (p.112)

    O fogo, aqui, simboliza Cristo e simboliza o milagre. Se, como diz Agostinho, “A conversão de um pecador é coisa mais difícil do que a ressurreição de um morto”, o surgimento e desenvolvimento da Igreja só pode existir por graça de Deus, por milagre. Era irresistível, dirá Sertillanges em outro lugar, mas ainda assim, sem dúvida nenhuma, um milagre:

    « Se disséssemos: um homem desarmado, em face de um leão, deve ser devorado pelo leão, exprimir-se-ia uma coisa simplíssima. Mas isto não serviria para provar que o leão é miraculosamente forte em relação ao homem? Ora, esse “miraculosamente”, que aqui não passa de uma metáfora, para o Cristianismo era uma realidade. O mundo greco-romano, em face da Igreja, devia ser por ela conquistado; era fatal. Mas por quê? Porque a Igreja, em relação a ele, era uma força irresistível. É nessa força que, aos nossos olhos, reside o milagre, porque, conhecendo pela experiência de todos os tempos a força do homem, nós nos dizemos: é uma força de Deus. » (p.120)

    Por fim, trago aqui algumas palavras inspiradoras constantes das últimas páginas do volume.

    « Cristo homem, iniciador e chefe permanente da Igreja, Cristo na sua pessoa e na doutrina que a exprime propondo-a, é o ponto de partida ideal da civilização; a sua perfeição domina-a toda, desde as mais antigas idades; ela é a sua regra também para o futuro » (p.192)
    « Por seu turno, esses espelhos vivos de Cristo que se chamam os santos são, em nome dele, modelos e agentes de civilização que se não deveriam desconhecer. » (p.192)
    « Felizmente, resta-nos muito daquilo que a Igreja verteu nas almas de nossos pais. A nossa civilização é um lençol d’água cuja superfície mostra uma triste escuma e que terá sempre suas camadas inferiores; mas entre as duas, circula uma corrente pura e forte, formada das altas consciências cristãs e dos herdeiros, talvez inconscientes, do passado cristão. » (p.193)
    « Quanto mais humanidade há, tanto mais divindade se torna necessária para envolvê-la do alto, guardá-la e fornecer-lhe os meios de se perfazer. A Igreja é, pois, muito mais necessária hoje do que nunca. » (p.193).
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    4,0 de 5 estrelas
    “Só o dogma da Igreja explica o fato da Igreja. Fora disso, não há explicação pertinente”

    Avaliado no Brasil em 21 de abril de 2019
    _____ AVALIAÇÃO DO LIVRO _____

    Antonin-Gilbert (Dalmace) Sertillanges é o autor de “A Vida Intelectual”, talvez o livro mais importante para aqueles que se sentem vocacionados ao trabalho intelectual. Padre da Ordem Dominicana e estudioso das obras de São Tomás de Aquino, publicou em 1933 este “O Milagre da Igreja”, que passo a comentar brevemente.

    Poder-se-ia dizer que “O Milagre da Igreja” realiza um estudo histórico sobre a Igreja Católica Romana, mas tal afirmativa não seria exata. Não se trata, aqui, de um livro de História, carregado de datas e locais, centrado em personagens e acontecimentos; antes, temos em mãos uma sorte de “história espiritual”, uma dissertação filosófica e religiosa sobre o desenvolvimento da Igreja Católica — desenvolvimento que ocorre no tempo, mas também acima da temporalidade.

    A edição é de bolso (tamanho “L&PM”), mas com papel amarelado, bem agradável, e com boa diagramação. A letra não é muito grande, o que é normal em livros “pocket”. Não há muitos erros de revisão, mas há alguns. Consegui fazer quase todas as minhas anotações usando as margens e a última folha do livro, mas tive de encolher a minha letra. Às vezes, na lateral do texto, o volume traz a indicação das passagens bíblicas a que o autor está aludindo, quando eventualmente ele cita algum trecho das escrituras; é um recurso bacana, que está presente em outros títulos da coleção “Ecclesiae de Bolso”.

    Vou dar quatro estrelas apenas porque senti falta de uma estrutura mais articulada, mais limpa. A construção dos períodos é belíssima, tal como ocorre em “A Vida Intelectual”, mas a arquitetura deste último é mais nítida e arejada do que a do livro ora em comento.

    A seguir, trago o índice da obra, acompanhado do resumo de suas idéias fornecido no “preâmbulo”. Depois, alguns trechos que selecionei, com breves comentários.

    _____ ÍNDICE E RESUMO _____

    I - A Igreja antes da Igreja.
    II - O nascimento da Igreja.
    III - Os primeiros desenvolvimentos da Igreja.
    IV - As primeiras conquistas.
    V - A Igreja e as civilizações anteriores.
    VI - A Igreja em face dos Césares.
    VII - A Igreja em face do tempo presente.

    « O Milagre da Igreja tem tantas formas, que foi deveras impossível, neste pequeno escrito, dar dele uma idéia suficiente, ou mesmo sumária.
    Tem-se distinguido:
    - o milagre dessa instituição que se precede a si mesma e domina o tempo;
    - o milagre do estabelecimento evangélico, compreendendo o estabelecimento do Homem-Deus em sua pessoa, vida, manifestações, obra;
    - o milagre da difusão cristã: entrada da Igreja na história por meios politicamente desproporcionados, adaptação prodigiosa aos regimes humanos acolhedores ou hostis, poder incomparável de absorção e de assimilação do princípio cristão relativamente aos elementos religiosos ou profanos que o meio lhe apresenta;
    - finalmente, o milagre imanente à existência atual da Igreja e à sua perpetuidade. » (p.13, separação em tópicos feita por mim)

    _____ TRECHOS E COMENTÁRIOS _____

    « Abstraindo por enquanto das diferenças particulares, dizemos: aparecendo Cristo no meio dos séculos — na “plenitude dos tempos”, como diz São Paulo —, o passado liga-se a Ele sob os auspícios da esperança, da espera, das preparações; o presente é a posse, e o futuro, volvendo-se para Cristo, tomará uma atitude inversa, ligando-se a ele pela lembrança, pelos desenvolvimentos da sua obra, pelo progresso. Cristo é assim todo de todos, posto que sob modos diversos. » (p.20).

    Eis aí um exemplo da prosa de Sertillanges, de seu discurso cristalino e ao mesmo tempo instigante, intricado. Todo o livro desenvolver-se-á sobre essa topologia peculiar, em que de um lado temos a inevitável linearidade do tempo, sempre unidirecional, sempre em progresso, mas de outro temos essa convergência para um ponto temporal específico, o passado e o futuro curvando-se para o nascimento, o ensino, a paixão, a ressurreição e a ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Desse modo, a história da Igreja antecede o surgimento da Igreja e prolonga-se eternamente:

    « [...] a Igreja não somente não morre, mas, em certo sentido, não nasceu; porquanto, se ela é uma realidade temporal, tendo uma história, é também uma realidade extratemporal, em razão de não passar a sua história de uma espécie de símbolo. Símbolo real, símbolo que é uma parte da sua realidade, mas que se acha transcendido por uma realidade mais alta, pertencente ao mundo do espírito roçando pelo tempo apenas com a ponta das asas » (p.15)

    Se a explicação da grandeza histórica da Igreja parece valer-se de sua grandiosidade espiritual, não há problema algum: é exatamente assim. A Igreja é um milagre, um milagre permanente de Cristo. No último parágrafo do livro, Sertillanges dirá: “Só o dogma da Igreja explica o fato da Igreja. Fora disso, não há explicação pertinente” (p.194).

    Cito mais alguns trechos, onde encontraremos o trabalho conceitual de duas faces do ser — os seus caracteres e as suas formas históricas efetivas —, de modo a constituir uma verdadeira filosofia acerca do Ser da Igreja na história, a qual culminará numa primeira explicação acerca do Milagre da Igreja:

    « Nos seus primórdios, a Igreja era o que é hoje? Exatamente, mas no estado envolvido, como que em germe. Nos seus primórdios, a Igreja não era nada, ou quase nada do que ela é hoje? Realmente, absolutamente não o era no estado desenvolvido, no estado de fenômeno histórico manifestado, evoluído; era-o, todavia, da outra maneira. » (p.72)
    « Isso significa que a Igreja é caracterizada, desde o início, segundo todos os caracteres íntimos que nela se revelarão na forma histórica: assim, o ovo ou o grão de uma certa espécie contém em si as características completas de uma certa espécie. E, por outra parte, isso significa que a Igreja, no início, não possui nem precisa possuir as formas históricas com que agraciará o futuro: assim o ovo não contém nem bico, nem pata, nem penas. » (p.74)
    « A vida da Igreja, precisamente por ser uma vida, não procede de fora, mas de dentro. O Espírito que a dirige não lhe é exterior; vive nela, e é o mesmo que é imanente à história universal e à natureza total. [...] O vivente “Igreja” cresce sozinho. Cresce lentamente, com a colaboração de todo o seu meio, como o dizíamos do germe, ao qual o próprio Evangelho o compara. » (p.93)
    « Pelo próprio fato de realizar-se isso sozinho, deve-se concluir que há aí um princípio interno. Assim também, a fabricação da Igreja por si mesma, com a colaboração do meio, é a prova de que a Igreja tem por princípio interno o Espírito de seu Cristo permanecido ativo nela. E é este o milagre. » (p.94)

    Também por meio de perguntas Sertillanges consegue atingir um estilo claro e pungente. Vejamos a beleza desta passagem:

    « Que é essa força invisível que une um grupo de barqueiros, que lhes anima a palavra e dá a esta uma eficácia sobre-humana? Que é essa chama que corre no meio da palha, consoante a comparação do salmista, e que provoca um incêndio maravilhoso? A humanidade era uma lenha seca? Bem, mas se sobre a lenha seca lançais apenas outra lenha seca, isso se amontoa; se lhe lançais água, ela apodrece. Onde está aqui o fogo? » (p.112)

    O fogo, aqui, simboliza Cristo e simboliza o milagre. Se, como diz Agostinho, “A conversão de um pecador é coisa mais difícil do que a ressurreição de um morto”, o surgimento e desenvolvimento da Igreja só pode existir por graça de Deus, por milagre. Era irresistível, dirá Sertillanges em outro lugar, mas ainda assim, sem dúvida nenhuma, um milagre:

    « Se disséssemos: um homem desarmado, em face de um leão, deve ser devorado pelo leão, exprimir-se-ia uma coisa simplíssima. Mas isto não serviria para provar que o leão é miraculosamente forte em relação ao homem? Ora, esse “miraculosamente”, que aqui não passa de uma metáfora, para o Cristianismo era uma realidade. O mundo greco-romano, em face da Igreja, devia ser por ela conquistado; era fatal. Mas por quê? Porque a Igreja, em relação a ele, era uma força irresistível. É nessa força que, aos nossos olhos, reside o milagre, porque, conhecendo pela experiência de todos os tempos a força do homem, nós nos dizemos: é uma força de Deus. » (p.120)

    Por fim, trago aqui algumas palavras inspiradoras constantes das últimas páginas do volume.

    « Cristo homem, iniciador e chefe permanente da Igreja, Cristo na sua pessoa e na doutrina que a exprime propondo-a, é o ponto de partida ideal da civilização; a sua perfeição domina-a toda, desde as mais antigas idades; ela é a sua regra também para o futuro » (p.192)
    « Por seu turno, esses espelhos vivos de Cristo que se chamam os santos são, em nome dele, modelos e agentes de civilização que se não deveriam desconhecer. » (p.192)
    « Felizmente, resta-nos muito daquilo que a Igreja verteu nas almas de nossos pais. A nossa civilização é um lençol d’água cuja superfície mostra uma triste escuma e que terá sempre suas camadas inferiores; mas entre as duas, circula uma corrente pura e forte, formada das altas consciências cristãs e dos herdeiros, talvez inconscientes, do passado cristão. » (p.193)
    « Quanto mais humanidade há, tanto mais divindade se torna necessária para envolvê-la do alto, guardá-la e fornecer-lhe os meios de se perfazer. A Igreja é, pois, muito mais necessária hoje do que nunca. » (p.193).
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  • Avaliado no Brasil em 10 de maio de 2020
    Livro bom, porém um pouco confuso, poderia ser mais fácil de entendimento, com escritas maiores, e também o livro maior isso facilita para quem tem idade avançada mais em fim bom livro