A Igreja sempre honrou à Virgem Maria
A piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão. A Santíssima Virgem é legitimamente honrada com um culto especial pela Igreja. […] Este culto, embora seja inteiramente singular, difere essencialmente do culto de adoração, que se presta ao Verbo encarnado e igualmente ao Pai e ao Espírito Santo, mas o favorece poderosamente; este culto encontra a sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus e na oração Mariana, tal como o Santo Rosário, “resumo de todo o Evangelho”.
— CIC 971
Melitão de Sardes
100 – 180 D.C.
Ele nasceu de Maria, a ovelha formosa.
Homilia da Páscoa
Orígenes de Alexandria
185 – 253 D.C.
[Disse Isabel:] Eu é que deveria ir a ti, porque és bendita acima de todas as mulheres; tu, a Mãe do meu Senhor; tu, minha Senhora.
Fragmenta PG 13, 1902D
Santo Epifânio de Salamina
310 – 403 D.C.
Ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo se adora (…) Maria seja honrada [venerada], o Senhor seja adorado.
Haer. 79
Santo Agostinho
354 – 430 D.C.
Na verdade, era digno e de todo conveniente, que o parto daquela que havia procriado ao Senhor do céu e da terra, e que permaneceu virgem após ter dado à luz, fosse celebrado não somente com festejos humanos, mas com cânticos sublimes de louvor pelos anjos
Sermão 193, 1
Germano de Constantinopla
634 – 730 D.C.
[Cristo quis] ter, por assim dizer, a proximidade dos teus lábios e do teu coração [de Maria]. Desta maneira, Ele atende a todos os desejos que lhe exprimes, quando sofres pelos teus filhos, e Ele realiza, com o seu poder divino, tudo o que lhe pedes. […] Tu [Maria] habitas espiritualmente conosco e a grandeza da tua vigilância sobre nós faz ressaltar a tua comunidade de vida conosco.
Homilia 1
São João Damasceno
675 – 749 D.C.
O céu, com gozo, recebeu tua alma. As potestades celestiais saíram ao teu encontro, cantando hinos sagrados, com festiva alegria e expressando-se com estas ou parecidas palavras: Quem é esta que sobe toda pura, surgindo como a aurora, formosa como a lua e brilhante como o sol? Ó, que formosa és e toda cheia de suavidade! O Rei te introduziu em sua câmara, onde as potestades te escoltam, os principados te abençoam, os tronos entoam cânticos em tua honra, os querubins se maravilham e os serafins proclamam teus louvores, já que, por divina disposição, foste constituída verdadeira Mãe do Senhor.
Homilia 1: Assunção de Maria 1, 1
2º Concílio Ecumênico de Nicéia
787 D.C.
Maria é representada como trono de Deus, que carrega o Senhor e o entrega aos homens, como caminho que leva a Cristo, mostrando-O, como suplicante, em atitude de intercessão e sinal da presença divina no caminho dos fiéis até o dia do Senhor, como protetora que estende seu manto sobre os povos ou como Virgem misericordiosa de ternura. A Virgem é habitualmente representada com seu filho, o Menino Jesus, que carrega nos braços: é a relação com o filho que glorifica a Mãe. Às vezes ela O abraça com ternura; outras vezes, hierática, parece absorta na contemplação daquele que é o Senhor da história.
Nicéia II