A Sagrada Escritura é inspirada por Deus
Na redação dos livros sagrados, Deus escolheu homens, dos quais se serviu fazendo-os usar suas próprias faculdades e capacidades, a fim de que, agindo Ele próprio neles e através deles, escrevessem, como verdadeiros autores, tudo e só aquilo que Ele próprio quisesse.
Catecismo, 106
São Clemente de Roma
35 – 97 D.C.
Vós vos curvastes sobre as Sagradas Escrituras, essas verdadeiras Escrituras dadas pelo Espírito Santo.
I Carta aos Coríntios 45, 2
São Justino, Mártir
100 – 165 D.C.
Percebamos que quando ouvis que os profetas falam como em própria pessoa, não deveis pensar que assim falam os próprios homens inspirados, mas é o Verbo divino que os move.
Apologia 1, 36, 1
Santo Ireneu de Lyon
130 – 202 D.C.
Devemos deixar [a solução de todos os problemas levantados nas Escrituras] para o Deus que nos criou, bem sabendo que as Escrituras são perfeitas, entregues pelo Verbo de Deus e pelo seu Espírito e nós tanto somos pequenos e últimos em relação ao Verbo de Deus e ao seu Espírito quanto precisamos receber o conhecimento dos mistérios de Deus.
Contra as Heresias 2, 28, 2
Clemente de Alexandria
150 – 215 D.C.
Este ensinamento o Apóstolo reconhece como verdade divina. Diz ele: “Tu, Timóteo, desde a infância tiveste conhecimento das sagradas letras, que te podem instruir para a salvação, pela fé que está em Jesus Cristo”.
Verdadeiramente sagradas são essas letras que santificam e deificam; com efeito, são dessas escrituras ou volumes que contêm essas santas letras e sílabas que o mesmo Apóstolo [Paulo] diz que são “divinamente inspiradas, úteis para ensinar, repreender, corrigir e formar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, apto para toda obra boa”
Exortação aos Gregos 9, 82
Tertuliano de Cartago
160 – 225 D.C.
Quais são as funções administrativas do Paráclito além destas: a condução na disciplina, a revelação das Escrituras, a restauração do intelecto, o progresso para o melhor?
Do Véu das Virgens 1, 5
Santo Hipólito de Roma
170 – 236 D.C.
As Sagradas Escrituras [AT] têm sido gravemente pervertidas por eles (os Artemonianos). Eles anularam a regra da antiga fé (…) Mas o tamanho da audácia indicada por essa aberração é pouco provável que ignorem, pois não crêem que as Sagradas Escrituras foram anunciadas pelo Espírito Santo, de modo que são infiéis, ou se consideram mais sábios que o Santo Espírito. Neste caso, que outra alternativa resta senão julgá-los como demoníacos?
Contra Artemon; cf. História Eclesiástica de Eusébio 5, 28, 15 e 18
Orígenes de Alexandria
185 – 253 D.C.
Portanto, as Escrituras foram feitas pelo Espírito de Deus e possuem um significado que escapa ao conhecimento da maioria, não sendo, pois, aparente, como parece à primeira vista. Em tais [palavras] encontram-se as formas de certos mistérios e as imagens das coisas divinas.
Doutrinas Fundamentais 1; Prefácio, 8