Domingo: o Dia do Senhor
Devido à tradição apostólica que tem origem no próprio dia da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra o mistério pascal a cada oitavo dia, no dia chamado com razão o “dia do Senhor” ou “domingo”. O dia da ressurreição de Cristo é ao mesmo tempo “o primeiro dia da semana”, memorial do primeiro dia da Criação, e o “oitavo dia”, em que Cristo, depois do seu repouso do grande sábado, inaugura o “dia que o Senhor fez”, o dia que não conhece ocaso. A ceia do Senhor é o seu centro, pois é aqui que toda a comunidade dos fiéis se encontra com o Senhor ressuscitado, que os convida ao seu banquete.
— CIC 1166
Epístola de Barnabé
70 — 131 d.C.
Por isso, também nós, celebramos no oitavo dia (domingo), porque é também o dia em que Jesus ressuscitou dos mortos e no qual se manifestou e ascendeu aos céus.
15, 1-9
Didaqué
60 — 90 d.C.
Reunidos no Dia do Senhor (domingo), parti o pão e dai graças, depois de confessardes vossos pecados, a fim de que vosso sacrifício seja puro”.
14
Inácio de Antioquia
30 — 107 d.C.
Aqueles que vivem segundo a ordem antiga das coisas voltaram-se para a nova esperança não mais observando o sábado, mas sim o Dia do Senhor (domingo), no qual a nossa vida é abençoada por Ele e por sua morte […] Professar Jesus Cristo enquanto se continua a observar costumes judaicos (sábados) é um absurdo.
Epístola aos Magnésios 9
Justino Mártir
100 — 165 d.C.
No chamado dia do Sol (domingo), reúnem-se em um mesmo lugar todos os que moram nas cidades ou nos campos. Lêem-se as memórias dos Apóstolos e os escritos dos profetas […] Quando a oração está terminada, é trazido pão com vinho e água.
Apologia 1, 67, 3
Clemente de Alexandria
150 — 215 d.C.
Ele (o novo convertido), cumprindo o preceito, conforme o Evangelho, guarda o Dia do Senhor (domingo), quando abandona uma disposição má e assume aquela do conhecimento, glorificando em si a ressurreição do Senhor.
Livro 7, 12
Hipólito de Roma
170 — 236 d.C.
Seja ordenado bispo quem for irrepreensível e tiver sido aclamado por todo o povo. Uma vez designado e aceito por todos, reuna-se o povo juntamente com o presbitério e os bispos presentes, no domingo. Com o consentimento de todos, imponham os bispos sobre ele as mãos, permanecendo imóvel o presbítero.
Tradição Apostólica 2, 3
Eusébio de Cesaréia
265 — 339 d.C.
Os discípulos de Moisés imolavam uma vez ao ano o cordeiro pascal, mas nós, os (discípulos) do Novo Testamento, celebramos nossa Páscoa a cada domingo (…) quando realizamos os mistérios do verdadeiro Cordeiro, pelo qual fomos remidos.
Da Solenidade Pascal 7