O Magistério da Igreja
O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus, escrita ou contida na Tradição, foi confiado somente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo […]. Todavia, este Magistério não está acima da Palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expõe fielmente, haurindo deste depósito único da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado.
Catecismo 85-86
Santo Ireneu de Lyon
130 – 202 D.C.
De fato, foi à própria Igreja que o dom de Deus foi confiado […]. Nela foi depositada a comunhão com Cristo, isto é, o Espírito Santo, arras da incorruptibilidade, confirmação da nossa fé e escada da nossa ascensão para Deus […]. Porque onde está a Igreja, aí está também o Espírito de Deus; e onde está o Espírito de Deus, aí está a Igreja e toda a graça.
Adversus Haereses 3, 24, 1
Santo Atanásio
296 – 373 D.C.
Mas as palavras do Senhor, que vieram através do Concílio Edumênico de Nicéia, permanecerão para sempre.
Carta Sinodal
Os sectários que se afastaram do ensino da IGreja naufragaram na fé.
Contra os Pagãos, 6
Santo Agostinho
354 – 430 D.C.
Há muitas outras coisas que podem me manter adequadamente no seio [da Igreja Católica]. A unanimidade dos povos e nações me mantém aqui. Sua autoridade, inaugurada em milagres, alimentada pela esperança, aumentada pelo amor e confirmada pela idade, me mantém aqui. A sucessão de sacerdotes, desde a própria sede do apóstolo Pedro, a quem o Senhor, depois de sua ressurreição, deu o encargo de apascentar suas ovelhas [João 21:15–17], até o presente episcopado, me mantém aqui.
Contra Mani, 4: 5
São Jerônimo
347 – 420 D.C.
Mas você [Joviniano] dirá: “foi em Pedro que a Igreja foi fundada”. Bem […] um entre os doze é escolhido para ser seu chefe, a fim de remover qualquer ocasião de divisão.
Contra Joviniano 1:26
São Vicente de Lérins
? – 445 D.C.
A Igreja de Cristo, guardiã vigilante e prudente dos dogmas que lhe são confiados, não muda nada neles, nem lhes tira ou acrescenta nada; não rejeita o que é necessário nem acrescenta o que é supérfluo; não deixa que escape o que é seu nem se apropria do que pertence a outrem. Ao tomar cautelosamente e com fidelidade e prudência as doutrinas antigas, só busca fazer com sumo zelo o seguinte: reforçar o que tem sido expresso com precisão; guardar o que tem sido confirmado e definido.
Commonitorium, 23
Concílio de Calcedônia
451 D.C.
Depois de termos feito assim a nossa profissão da verdadeira fé, que nos foi transmitida pelas Sagradas Escrituras e pelos ensinamentos dos Santos Padres, como também pelas definições dadas a respeito da mesmíssima fé pelos quatro sagrados Concílios anteriores […] se depois de tudo isso alguém tentar transmitir, ensinar ou escrever algo contrário ao que determinamos […] se for bispo ou clérigo, será destituído; se monge ou leigo, será declarado anátema.
Cânones; Parte Final
São João Damasceno
675 – 749 D.C.
Se alguém se apresentar com um Evangelho diferente daquele que a Igreja Católica recebeu dos Santos Apóstolos, dos Padres e dos Concílios, e que ela conservou até aos nossos dias, não o escuteis.
Discurso sobre as Imagens 3, 3