A honra prestada às imagens
O culto cristão de imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe os ídolos. De fato, a honra prestada a uma imagem se dirige ao modelo original e quem venera uma imagem, venera nela a pessoa que nela está pintada. A honra prestada às santas imagens é uma veneração respeitosa e não uma adoração, que só compete a Deus.
CIC 2132
São Policarpo de Esmirna
69 — 155 d.C.
Eles não sabem que nós não poderíamos esquecer o Cristo que sofreu para salvar aqueles que estão salvos no mundo inteiro, nem adorar ninguém mais. Nós o adoramos porque Ele é o Filho de Deus. Quanto aos mártires, nos os amamos como discípulos e imitadores do Senhor e dignamente devido à sua afeição sem par por seu Rei e Mestre. Possamos também nós nos tornar seus seguidores e discípulos companheiros.
Martírio de Policarpo 17, 2-3
Orígenes de Alexandria
185 — 253 d.C.
[O idólatra é aquele que] refere a qualquer coisa que não seja Deus a sua indestrutível noção de Deus.
Contra Celso 2, 40
Santo Agostinho de Hipona
354 — 430 d.C.
Oferece-se o sacrifício a Deus e não aos mártires, ainda que seja celebrado em suas memórias ou capelas; e porque quem celebra é sacerdote de Deus e não dos mártires. O sacrifício que é o Corpo de Cristo, não se oferece aos mártires, porque eles mesmos são o corpo de Cristo.
A Cidade de Deus 22, 10
São Gregório Magno
540 — 605 d.C.
Era preciso não as quebrar, pois as imagens não foram colocadas na igreja para ser adoradas, mas para instruir as mentes dos ignorantes.
Epístola 9, 105
São João Damasceno
675 — 749 d.C.
Não adoro a matéria, mas o Criador da matéria (…) Quando se trata de imagens, é preciso considerar a intenção daqueles que a fazem. Se a intenção é justa e reta, e se o fazem para a glória de Deus e de seus santos, por desejo da virtude, de fuga dos vícios e para a salvação das almas, é preciso recebê-las como imagens (…), é preciso venerá-las, beijá-las, saudá-las com os olhos, os lábios, o coração. Tratam-se da representação do Deus encarnado, ou de sua Mãe, ou de seus santos, companheiros de sofrimentos e da glória de Cristo.
Das Imagens 1, 8; 2, 5.10
São Basílio de Cesareia
330 — 379 d.C.
A honra prestada a uma imagem venera nela a pessoa que nela está representada.
Spir. 18,45
Teodoreto de Ciro
393 — 466 d.C.
Os pintores, ao representar na tela ou na parede as histórias passadas, não apenas alegram os olhos de quem as contemplam, mas também conservam vivas por muito tempo as memórias dos eventos que já se foram.
História Eclesiástica 1, 1