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O sacerdócio dos leigos

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O sacerdócio dos fiéis: fundamentos revelados

Um dos textos mais significativos é o de 1 Pdr 2, 5-9:

«Vós mesmos, como pedras vivas, prontificai-vos para a construção de um edifício espiritual, a fim de serdes um sacerdócio santo para oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo…
Sois uma linhagem escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido, para proclamar os grandes feitos d’Aquele que vos chamou das trevas à sua luz admirável».

O Apóstolo nessa passagem refere-se a textos do Antigo Testamento, à luz dos quais tem que ser interpretado. Vêm ao caso primeiramente os dizeres de Êx 19,5s:

«Sereis meu povo em meio a todas as nações… Sereis para Mim um reino de sacerdotes e uma nação santa». A tradução grega dita dos LXX, que S. Pedro pressupõe, dava a ler, justamente como no texto de 1 Pdr: “Sereis para Mim um sacerdócio régio…”.

Este trecho atribui ao povo de Deus como tal uma dignidade e uma função sacerdotais, que se poderiam assim formular: o que o sacerdote representa em meio ao seu povo, isso o povo de Deus (Israel, no Antigo Testamento; a coletividade dos cristãos, no Novo Testamento) o representa em meio às nações do mundo; assim como o sacerdote, pelo fato de permanecer mais perto de Deus que os demais homens, mais se deve assemelhar a Deus três vezes santo, assim também um povo sacerdotal há de se distinguir pela prática das virtudes. As funções decorrentes dessa dignidade são explicitadas pelo Apóstolo:

a) trata-se de oferecer «sacrifícios espirituais», isto é, a homenagem de uma vida cristã santa, que é sempre vida no Espírito Santo (cf. 1 Cor 12,3). A expressão “sacrifícios espirituais» inclui também a oblação da Eucaristia, que vem a ser por excelência o culto em espírito e verdade (cf. Jo 4,24), pois Jesus se entregou ao Pai sobre a cruz e se entrega sobre os altares no Espírito Santo, (cf. Hebr 9,14);

b) o povo de Deus, conforme 1 Pdr 2,9, oferece também a hóstia do louvor, isto é, «o fruto dos lábios que glorificam o nome de Deus» (cf. Hebr 13,15), pois foi chamado a proclamar os grandes feitos do Redentor.

Outro texto do Antigo Testamento a que alude São Pedro, é o de Is 61,6, que assim se refere ao povo messiânico:
«Sereis chamados sacerdotes do Senhor; dar-vos-ão o titulo de ministros de nosso Deus».

De novo estas palavras significam que ao povo de Deus (que é por excelência o povo do Novo Testamento ou dos cristãos; cf. Gál 6,16; 1 Cor 10,18) compete em meio às demais nações o papel que toca ao sacerdote em meio ao seu povo próprio.

O Apóstolo São João, por sua vez, anuncia:

«Ele (Cristo) fez de nós um reino de sacerdotes para Deus seu Pai; a Ele sejam dados a glória e o poder pelos séculos dos séculos» (Apc 1,6; cf. 5,10; 20,6).

Este texto será interpretado à semelhança dos acima citados.
A Tradição cristã, desde os seus primeiros testemunhos, desenvolveu a doutrina contida nessas passagens bíblicas. S. Justino (+165 aproximadamente), por exemplo, estabeleceu um nexo explícito entre o texto de 1 Pdr 2 e a profecia de Malaquias (1,10) concernente ao Messias e a uma oblação pura a ser continuamente oferecida:

«Nós que, à semelhança de um só homem, cremos todos em Deus Criador do universo,… somos uma linhagem sacerdotal, como atesta Deus mesmo ao dizer que Lhe serão oferecidos sacrifícios puros e agradáveis em todo lugar entre os gentios. Ora Deus não aceita sacrifícios de ninguém a não ser das mãos dos seus sacerdotes» (Dial. c. Trifão 116).

Em geral, os formulários da Liturgia eucarística, tanto do Oriente como do Ocidente, repetem instantemente o conceito de que a Missa é o sacrifício oferecido por toda a comunidade cristã colocada em hierarquia e encabeçada pelo Único Mediador Jesus Cristo.

No séc. XVI, porém, Lutero exagerou o significado do sacerdócio comum dos fiéis a ponto de negar o sacerdócio hierárquico constituído pelo sacramento da Ordem. Em consequência, os teólogos católicos tiveram que acentuar mais este último, o que fez que o povo fiel, do séc. XVI até os últimos decênios, mais e mais se fosse julgando alheio a tudo que diz respeito ao sacerdócio; criou-se um novo conceito de «leigo», afim ao de «profano» e oposto a «sagrado»; o leigo foi sendo muitas vezes considerado como sujeito quase meramente passivo no Corpo Místico de Cristo.

Os dois últimos Papas, porém, voltaram a inculcar ao povo de Deus o seu grau próprio de participação no ministério ou no sacerdócio de Cristo. Pio XI, por exemplo, na encíclica «Miserentissimus Redemptor» de 8 de maio de 1928, lembrava aos fiéis o fato de que, havendo sido elevados à dignidade de um sacerdócio régio, lhes incumbe o dever de oferecer a S. Missa em expiação dos pecados seus e do mundo inteiro. Pio XII ainda foi mais explícito: depois de frisar a distinção entre o sacerdócio comum dos cristãos e o hierárquico, quis reavivar fortemente nos fiéis a noção daquele:

“Os fiéis cristãos também oferecem a hóstia divina, mas em sentido diverso (isto é, não como o sacerdote hierárquico). Isto já foi declarado abertamente por vários de Nossos Predecessores e por Doutores da Igreja…

Também o rito e as orações do Sacrifício Eucarístico significam e mostram, não menos claramente, ser feita a oblação da vitima pelos sacerdotes juntamente com o povo. Não sòmente depois do oferecimento do pão e do vinho o ministro sacro, voltado para o povo, diz com palavras significativas: ‘Rezai, irmãos, para que o meu e vosso sacrifício seja aceitável a Deus Pai Onipotente’, mas ainda as súplicas pelas quais a Deus é oferecida a hóstia divina, as mais das vezes são formuladas no plural, e nelas está indicado, não apenas uma vez, participar o povo deste augusto sacrifício, porque também o oferece…

Nem é para admirar serem os fiéis elevados a tamanha dignidade. Pela ablução do batismo, a um título geral, os cristãos se fazem membros de Cristo Sacerdote no Corpo Místico, e pelo caráter que em suas almas como que é insculpido, ficam destinados ao culto divino, e desse modo participam, segundo a sua condição, do sacerdócio do próprio Cristo» (ene. «Mediator Dei»).

Estas palavras de Pio XII sugerem ao leitor uma análise mais exata da maneira como os fiéis participam do sacerdócio de Cristo.

O modo como os fiéis participam do sacerdócio de Cristo

Quem fala em «participação do sacerdócio», supõe previamente estipulada a noção de «sacerdócio». Ora esta é diversamente formulada pelos diversos autores; dai a variedade de posições que tomam ao tratarem do sacerdócio dos fiéis.

Há quem defina o sacerdócio a partir da idéia de mediação; outros procedem, ao contrário, da idéia de consagração, enquanto um terceiro grupo entende o sacerdócio como ministério ou apostolado salvífico em favor das almas. Cada uma destas conceituações inclui um cerne de verdade; parece, porém, não visar o aspecto mais central do sacerdócio. A S. Escritura sugere outra apreciação, associando intimamente a noção de sacerdócio à de sacrifício; efetivamente, conforme Hebr 5,1 (cf. 8,3; 9,11-14; 10,11), a função típica do sacerdote é a de oferecer sacrifício: «Todo sacerdote… é constituído .. .para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados».

A Tradição cristã inculcou com autoridade o nexo que liga o sacerdócio ao sacrifício.

Assim, entre os Padres da Igreja, dirige-se S. Agostinho (+430) a Deus Pai: «Cristo se tornou em nosso favor sacerdote e sacrifício em Tua presença; precisamente foi Ele sacerdote por ser também sacrifício. — Pró nobis Tibi sacerdos et sacrificium; et ideo sacerdos, quia sacrificium» (Conf. X 43,2).

S. Tomás, no séc. XIII, ao comentar Hebr 5,1, observa que o Apóstolo «designa Cristo como sacerdote, porque Ele se_ ofereceu a Deus Pai» (In Hebr c. 5, 1,1).

O Concilio de Trento no séc. XVI afirmou por sua vez: «O sacerdócio e o sacrifício, por disposição de Deus, estão de tal modo unidos entre si que um e outro sempre existiram em toda legislação religiosa» (Denziger, Ench. 957).

Perguntemo-nos então: se o sacerdócio se deve conceituar a partir da noção de sacrifício, que se entende propriamente por sacrifício ?

Embora muitas vezes se defina o sacrifício pelo que representa de custoso ou penoso, não é este o seu aspecto primário. «Sacrifício» vem a ser etimologicamente o ato de «fazer ou tornar sacro» ; na realidade, «sacrifício» é todo ato pelo qual alguém se ordena a um bem maior (e, em última análise, ao Bem Infinito, Deus), ultrapassando-se a si mesmo, e preferindo esse bem maior ao próprio eu ou, ao menos, à parte egoísta da sua personalidade. É precisamente porque existe egoísmo ou egocentrismo em todo indivíduo humano que a subordinação de uma personalidade a outrem (ainda que este seja um bem maior ou o Bem Infinito) implica algo de doloroso ; não fôra o primeiro pecado, que desregrou a natureza, instaurando em cada indivíduo a tendência a se constituir centro do universo, em lugar de Deus, e o sacrifício (no sentido acima definido) não seria oneroso. Não obstante, o sacrifício se poderá efetuar com alegria sempre que for movido por autêntico amor, amor do Verdadeiro Bem, capaz de superar o apego ao próprio eu.

Em se tratando das relações do homem com Deus, o Criador, está claro que o sacrifício adequado consistirá não na entrega apenas deste ou daquele objeto de sua propriedade (um par de pombas, as primícias do gado ou dos frutos da terra), mas na entrega de tudo aquilo que o homem é e faz. Acontece, porém, que, o seu ser e o seu agir, o homem só o pode entregar por meio de atos particulares: atos de virtude, boas obras, oferta de objetos simbólicos, etc. Consequentemente, definir-se-á o sacrifício, com S. Agostinho, como sendo «toda obra efetuada em vista de nos unir a Deus em uma santa comunhão» (De civ. Dei X 6 ; a definição volta em S. Tomás, S. Teol. II/II q. 85 a.2 ; a.3, ad 1; III q. 22, a.2 ; q. 48, 3 ; foi também adotada por S.S. o Papa Pio XII na encíclica «Mediator Dei»).

Pois bem, no decorrer da história, quem por excelência exerceu o ato de entrega de toda a sua vida ao Pai do céu, foi o Cristo Jesus, verdadeiro Homem e verdadeiro Deus. A entrega ou o sacrifício de Cristo iniciou-se no primeiro instante da sua entrada no mundo e culminou na imolação sangrenta sobre a cruz (cf. Hebr 10,5-9). A oblação de Cristo foi aceita pelo Pai em reparação da revolta do primeiro homem; a ela portanto competem valor e significado universais; toda a história dos séculos anteriores e posteriores a Cristo se desenrola em função da vida e da morte ou em função do sacrifício de Cristo.

Dada a posição central e decisiva que essa oferta ocupa no curso dos tempos, ela vem a ser simplesmente o Sacrifício, e o seu autor, Cristo, é o Sacerdote único, cuja ação recobre todos os séculos e todas as regiões. É por Cristo, e somente por Cristo, que os homens em qualquer época conseguem santa comunhão com Deus Pai.

Ora o Senhor Jesus quis deixar sobre a terra um rito, a Eucaristia ou a S. Missa, que, sob sinais prenhes de realidade, perpetuasse a presença do seu sacrifício; mediante esse rito, Ele tinha em vista proporcionar aos homens, feitos membros do Corpo de Cristo Místico pelo batismo, um meio de participarem da oblação que outrora na cruz o Redentor fez de Si mesmo ao Pai. Celebrando tal rito, toda a Santa Igreja e cada um dos membros desta são associados ao sacrifício do Senhor. Sim, na Missa Cristo Sacerdote oferece não apenas como indivíduo (à semelhança do que se deu no Calvário), mas como Cabeça à qual estão vinculados os membros do seu Corpo Místico (a Igreja); na Missa Jesus também Se oferece como Hóstia, e Hóstia à qual estão unidos os membros do Corpo Místico.

Destarte se vê em que sentido se pode falar do sacerdócio dos cristãos. Como dizíamos, há um só Sacerdote — Cristo —, o qual por si mesmo é agradável ao Pai; o seu sacerdócio, porém, se estende em graus diversos aos homens que Ele enxerta em seu Corpo Místico. Esses diversos graus de enxerto em Cristo e, por conseguinte, de participação do sacerdócio e do sacrifício do Senhor são assinalados pelos três sacramentos que, como dizem os teólogos, imprimem caráter: o Batismo, a Crisma e a Ordem.

Tenham-se em vista a propósito as palavras de S. Tomás:

«Todo o culto da religião cristã se deriva do sacerdócio de Cristo. É, pois, manifesto que o caráter sacramental é de modo especial o caráter de Cristo; ao sacerdócio d’Este são os fiéis configurados pelos diversos caracteres sacramentais, que não são senão participações do sacerdócio de Cristo, derivadas de Cristo mesmo» (S. Teol. m q. 63, a. 3).
Procuremos explicitar estas palavras do S. Doutor.

O caráter (nome que vem do grego charakter, imagem) é sinal indelével impresso na alma, a fim de configurá-la e consagrá-la a Cristo. Em virtude dessa consagração, a alma se torna apta a ser envolvida por Cristo no ato com que o Senhor se entregou ao Pai durante toda a sua vida terrestre e, em particular, sobre a cruz; tal ato, que foi um verdadeiro ato de culto, se torna presente, como sabemos, em cada S. Missa. Já o Batismo, pelo fato mesmo de ser o sacramento da iniciação, comunica o selo do Senhor à alma, habilitando-a a oferecer e a se oferecer com Cristo. A Crisma ou Confirmação intensifica o dom do Batismo, comunicando como que a maturidade espiritual, mormente o ânimo forte para se professar a fé cristã tanto com os lábios como com atitudes práticas. Por fim, o sacramento da Ordem não somente corrobora, mas amplia notàvelmente a incorporação do cristão em Cristo, conferindo à criatura poderes de índole distinta de quanto é dado pelo Batismo e a Crisma.

S. Tomás e os teólogos em geral ensinam que essa distinção de poderes consiste em que as faculdades outorgadas pelo sacramento da Ordem são essencialmente ativas (o sacerdócio hierárquico oficia e dirige o culto da comunidade cristã), ao passo que o caráter batismal comunica principalmente (mas não exclusivamente) o poder passivo de receber benefícios espirituais (cf. S. Teol. III q. 63, a. 2).

O fato de que a participação válida dos fiéis no sacerdócio de Cristo se faz mediante um caráter ou sinal indelével impresso na alma, e não mediante a virtude pessoal e vacilante do cristão (seja sacerdote hierárquico, seja apenas leigo batizado), é de enorme alcance. Daí se compreende que a S. Missa possa ser vàlidamente celebrada e os sacramentos frutuosamente administrados até mesmo por um sacerdote indigno; desde que este tenha simplesmente a intenção de fazer o que Cristo como Sacerdote faz, o seu caráter o habilita a ser instrumento do Senhor (independentemente da sua virtude pessoal). — ilustrando esta verdade, S. Gregório de Naziano (+390) comparava a função do sacerdote à do anel que alguém utiliza para imprimir um carimbo à cera; seja esse anel de ouro, seja de ferro, a figura por ele impressa à cera será sempre a mesma; assim os sacramentos são sempre eficazes desde que o sacerdote, vàlidamente ordenado, tenha a intenção de se unir a Cristo no exercício do seu sacerdócio (or. 40). Está claro, porém, que tal doutrina de modo nenhum dispensa o sacerdote de tender àvida- mente à santidade.

Na base das idéias até aqui explanadas, percebe-se quanto é para desejar que os fiéis cristãos tomem conscientemente o lugar que lhes cabe na celebração do culto sagrado e, de modo especial, na da S. Missa: unam-se ao Ritual e às preces do celebrante, a fim de constituírem com ele uma só comunidade orante; não receiem estar a par do que se realiza no altar, pois o “leigo» cristão não é um estranho ao santuário, mas é um membro do povo santo de Deus («leigo vem do grego laíkós, palavra esta derivada de laós, povo ou também, na literatura cristã antiga, o povo por excelência, o povo santo de Deus; cf. Rom 9, 25 s; 1 Pdr 2,9).

Sacerdócio comum dos fiéis e apostolado

As considerações acima pressupunham ser a função primária do sacerdote a de oferecer um sacrifício ou uma ação sagrada que una a Deus.

Não resta dúvida, porém, de que o sacerdote possui outrossim uma função medianeira ou apostólica. Tal papel toca ao sacerdócio hierárquico, e, dentro deste, por excelência convém ao presbítero e ao bispo, que em grau máximo participam da missão de Cristo Apóstolo (cf. Hebr 3,1). Diz-se popularmente, e com razão, que «o padre representa o coração dos homens junto a Deus e o coração de Deus junto aos homens». A tarefa de apostolado, porém, inerente ao sacerdócio de Cristo estende-se ainda aos graus inferiores de participação desse sacerdócio, ou seja, aos fiéis batizados e crismados; a estes incumbe, sem dúvida, o dever de serem «sal da terra e luz do mundo» (cf. Mt 5.13 s). Tal tarefa, os fiéis leigos a desempenham segundo três modalidades, que se podem assim discriminar:

Pela participação consciente e férvida no culto sagrado, assim como por sua vida de oração pessoal, todo cristão se pode tornar apóstolo. É a prece de almas não raro desconhecidas ao mundo que obtém o êxito sobrenatural para a labuta dos missionários e pregadores. A oração sustenta o mundo, dizia São João Clímaco (1649).

Uma conduta de vida coerente com sua profissão de fé é outro foco que atrai as bênçãos de Deus sobre o mundo; Deus houve por bem santificar os homens comunitariamente, de modo que entre eles existe íntima comunhão de méritos. Era em vista disto que um antigo escritor cristão (séc. IV) afirmava: «Todo santo é sacerdote, embora nem todo sacerdote seja santo» (Ps. Crisóstomo, Op. imp. in Mt).

A S. Escritura, em mais de uma passagem, dá a ver a importância que Deus atribui à conduta íntegra dos justos. Assim Deus prometeu salvar Sodoma e Gomorra, caso aí encontrasse dez justos apenas (cf. Gên 18, 32); São Paulo afirma que o povo de Israel, embora tenha caído na cegueira espiritual, é caríssimo ao Senhor por causa de seus pais (cf. Rom 11,28); o Salvador advertiu que os dias da grande tribulação seriam abreviados por causa dos amigos de Deus (cf. Mt 24,22).

A verificação de tão estreita solidariedade sobrenatural sugere ulterior reflexão: ao ver o próximo cair em algum deslize, o cristão procurará não o julgar nem desprezar: lembrar-se-á, antes, de que é talvez por causa dos deméritos e das falhas anteriores do próprio indivíduo tentado a julgar, que o pecador cometeu o pecado; «minha vida não foi o que devia ser na comunhão dos santos; fui célula doentia no Corpo Místico de Cristo; daí a conduta moralmente anêmica do meu próximo!»

Além destas duas formas de irradiação sobrenatural, obrigatórias para todo cristão, há um terceiro grau que talvez não seja acessível a qualquer discípulo de Cristo: o das atividades apostólicas propriamente ditas. É o que o S. Padre Pio XI lembrava, dirigindo-se ao episcopado católico:

«Chamai a atenção dos fiéis para o fato de que, aplicando-se a difundir o conhecimento de Jesus Cristo e a fazer reinar o seu amor em obras de apostolado particular e público, sob a direção vossa e de vosso clero, merecerão o titulo magnífico de linhagem escolhida, sacerdócio régio, nação santa, povo resgatado» (ene. «Ubi arcano»).

O mesmo Pontífice assim escrevia ao Cardeal de Malines:

«Estejam persuadidos (os fiéis) de que são chamados e escolhidos por graça singular de Deus a essa tarefa (do apostolado), que não fica muito abaixo da tarefa sacerdotal» (carta de 15 de agosto de 1928, em A. A. S. [1928] 296).

Entre as atividades apostólicas, merece menção em primeiro lugar a Ação Católica, que é o apostolado oficial dos leigos, definido como «participação do laicato no apostolado da hierarquia sacerdotal». A Ação Católica é particularmente recomendável por basear sua espiritualidade nos caracteres sacramentais do Batismo e da Crisma, mediante os quais os fiéis participam do sacerdócio de Cristo: reavivando nos leigos a consciência desses dois dons, a Ação Católica visa fazê-los viver coerentemente a vida sacramental (do Batismo, da Crisma e da Eucaristia) até as suas expressões mais remotas no ambiente de casa ou de trabalho cotidiano, em íntima colaboração com o sacerdócio hierárquico.

Além da Ação Católica, devem ser referidas aqui as múltiplas obras de expansão, do Reino de Cristo efetuadas no magistério e na catequese, na assistência aos necessitados, no cultivo das vocações sacerdotais, etc.

Estes variados ramos de apostolado foram calorosamente enaltecidos por S. S. o Papa Pio XII no I Congresso Mundial do Apostolado Leigo aos 14 de outubro de 1951, quando o Sumo Pontífice lembrava o seguinte:

«Costuma-se dizer com frequência que, durante os quatro últimos séculos, a Igreja foi exclusivamente ‘clerical’ por reação contra a crise que no século XVI pretendera chegar à abolição pura e simples da Hierarquia e, a propósito, se insinua que está em tempo de ampliar ela os seus quadros.

Semelhante julgamento está de tal modo longe da realidade que foi precisamente desde o santo Concílio de Trento que o laicato tomou posição e progrediu na atividade apostólica. É coisa fácil de verificar; basta recordar dois fatos históricos patentes entre muitos outros: as Congregações Marianas de homens exercendo ativamente o apostolado dos leigos em todos os domínios da vida pública, e a introdução progressiva da mulher no apostolado moderno…

Existe, é verdade, toda uma multidão confusa de tíbios, irresolutos e flutuantes, para os quais a religião é ainda talvez alguma coisa, mas algo de bem vago, sem projeção alguma em sua vida. Essa turba amorfa pode, a experiência o ensina, ver-se de um dia a outro, de improviso, na contingência de tomar uma decisão.

Quanto à Igreja, Ela tem diante de todos uma tríplice missão a cumprir: erguer os fiéis fervorosos ao nível das exigências do tempo presente; introduzir aqueles que se demoram nos umbrais, na cálida e salutar intimidade do lar; reconduzir os que se afastaram da religião e que no entanto Ela não pode abandonar à sua miserável sorte. Bela tarefa para a Igreja, tarefa, porém, que se tornou difícil, visto que, embora no conjunto Ela tenha crescido consideravelmente, seu clero todavia não aumentou em proporção. Ora o clero tem necessidade de se poupar antes de tudo para o exercício de seu ministério propriamente sacerdotal, onde ninguém o pode substituir.

Um complemento fornecido pelos leigos ao apostolado é, portanto, de necessidade indispensável. Que ele seja de precioso valor, a experiência da fraternidade de armas ou de cativeiro ou de outras provações da guerra aí está para dar testemunho. Ela atesta, principalmente em matéria de religião, a influência profunda e eficaz dos companheiros de profissão, de condição, de vida. Esses fatores e muitos outros, devidos às circunstâncias de lugar e de pessoas, tornaram muito largas as portas à colaboração dos leigos no apostolado da Igreja…

O apostolado dos leigos, no sentido próprio, está sem dúvida em grande parte organizado na Ação Católica e nas outras instituições de atividade apostólica aprovadas pela Igreja; mas, fora destas, pode haver, e há, apóstolos leigos, homens e mulheres, que olham o bem a fazer, as possibilidades e os meios de fazê-lo; e eles o fazem preocupados unicamente em conquistar almas para a verdade e a graça. Pensamos também em tantos leigos excelentes que, nas regiões em que a Igreja é perseguida como era nos primeiros séculos do Cristianismo, substituindo da melhor maneira os sacerdotes encarcerados, pondo mesmo em perigo a vida, ensinam ao redor de si a doutrina cristã, instruem acerca da vida religiosa e do justo modo de pensar católico, conduzem à frequência dos sacramentos e à prática das devoções, especialmente da devoção eucarística. Vós os vedes em ação, a todos esses leigos; não vos inquieteis em perguntar-lhes a que organização pertencem; admirai antes e reconhecei de bom grado o bem que eles fazem» (texto transcrito da «Revista Eclesiástica Brasileira» 11 [1951] 967-71).

É, portanto, nos termos acima delineados, partindo do santuário ou da Santa Missa, para se estender às mais simples afirmações da vida cotidiana, que se realiza o chamado «sacerdócio comum dos fiéis».

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