citadelofporn.com
bestporn4you.com innocent schoolgirl gets rammed.
www.sexshmex.com sweet chick gets her mouth stuffed with a giant male rod.

Tratado sobre a Arca da Aliança

1.038

(Por: Ricardo de São Vítor. Condensado.) Ainda que sobre a mística arca de Moisés muitas coisas tenham sido escritas para nossa utilidade, restam, todavia, muitas ainda que podem ser escritas também para nossa utilidade. O que esta arca significa segundo o sentido alegórico, como ela designa a Cristo, já no-lo foi explicado pelos doutores que viveram antes de nós e tratado pelas mais perspicazes inteligências. Não julgo, porém, incorrer na incúria da temeridade se tratarmos de outras coisas nesta mesma matéria segundo, porém, o sentido moral.

Todavia, para que a cuidadosa investigação de nossa matéria se torne mais doce, examinemos o que aquele insigne entre os profetas pensa sobre aquela a quem ele chama de `a arca da santificação’: “Levanta-te, Senhor, para o lugar do teu repouso, tu e a arca de tua santificação”. Salmo 131, 8 Se crermos, de fato, e com razão, em Moisés, saberemos que “Todo aquele que a tocar, será santificado”. Ex. 29, 37

Muito gostaria, pois, saber o que seria esta arca que pode santificar os que dela se aproximam, para que, merecidamente, possa ser dita arca da santificação. Da sabedoria não duvido que ela seja aquela que vence a malícia, conforme está escrito: “À luz sucede a noite, mas a malícia nada pode contra a sabedoria”. Sab. 7, 30

Sei também que todos os que alcançaram a salvação o fizeram, desde o início, pela sabedoria, conforme também está escrito: “Porque pela sabedoria é que foram salvos todos os que te agradaram, Senhor, desde o princípio”. Sab. 9, 19

Consta, também, que ninguém poderá agradar a Deus se não estiver com ele a sabedoria: “Ainda que alguém seja perfeito entre os filhos dos homens, se estiver ausente dele a tua sabedoria, Senhor, será considerado como um nada”. Sab. 9, 6

Quem duvida que pertença à santificação que o homem seja purificado de toda a sua imundícia, que a sua mente seja lavada de toda a malícia e iniquidade? Estas coisas são, de fato, as que mancham o homem. E, conforme penso, esta mesma purificação é a santificação. Quando, porém, o Senhor preceituou a Moisés sobre a construção do tabernáculo, antes dr tudo o mais instruíu-o sobre como fabricar a arca, para que, com isto, entendesse que tudo o resto deveria ser feito por causa dela. Penso que ninguém duvida que de todas as coisas que o tabernáculo da aliança continha a arca era a principal e a mais importante. Aquele, portanto, que investiga que graça poderá significar este sacrário, não terá dificuldade em concluir, de tudo isto, qual seja aquela graça que é a mais digna entre todas, a menos que duvide que Maria tenha “escolhido a melhor parte” (Luc. 10, 42). O que é, porém, esta melhor parte que Maria escolheu, senão a contemplação, pela qual vemos “quão suave é o Senhor”? Salmo 33, 9

Maria, de fato, ouvindo, entendia a suma sabedoria de Deus que se escondia na carne e que os olhos da carne não podiam ver. E entendendo-a, também a via, de onde que, deste modo, sentando-se aos pés do Senhor e ouvindo-o, entregava-se à contemplação da suma verdade. Esta é a parte que nunca será tirada aos eleitos e aos perfeitos. Esta é a ocupação que jamais terá fim, pois a contemplação da verdade se inicia neste mundo e será celebrada na contínua perpetuidade futura. Pela contemplação da verdade o homem é ensinado para a justiça e consumado para a glória.

Vede, portanto, quão corretamente entendemos que aquele sacrário fosse a graça da contemplação, preferível a todas as demais coisas existentes no tabernáculo de Deus por uma certa sua dignidade. Que graça singular! Quão singularmente deve ser preferida entre todas, esta graça pela qual no presente somos santificados e no futuro seremos bem- aventurados!

Se, portanto, pela arca da santificação corretamente entendermos a graça da contemplação, merecidamente aquele que a recebe haverá de esperar ser por ela não apenas purificado, como também santificado. Sem dúvida, não há nada que purifique o coração do homem de todo o amor mundano e também nada há que tanto inflame a alma ao amor das coisas celestes como esta graça. Ela é a que purifica, ela é a que santifica, para que pela assídua contemplação da verdade se torne puro pelo desprezo do mundo e santo pelo amor de Deus.

Mas a mesma coisa que Davi chama de arca da santificação, Moisés a chama de arca da aliança. Mas, por que arca? Por que arca da aliança? E por que arca não de qualquer um, mas Arca do Senhor’?

O que será a arca, senão a inteligência humana? Esta arca é fabricada e dourada segundo o divino magistério quando a inteligência humana, pela inspiração e pela revelação divina é chamada à graça da contemplação. Quando nesta vida alcançamos esta graça, o que mais recebemos senão um certo penhor daquela plenitude futura onde perpetuamente estaremos mergulhados na eterna contemplação? Receemos, portanto, esta graça como um penhor da promessa divina, como um penhor do amor divino, como um certo vínculo de aliança e sinal de mútuo amor. Vede, portanto, o quão esta arca é dita arca da aliança do Senhor, na qual e pela qual é figurada tamanha graça. Com a maior boa vontade, portanto, deve-se entregar a toda sorte de trabalho aquele que deseja ou crê ser possível receber semelhante penhor de tão grande amor. Não duvido que quem quer que entre vós seja servo hebreu não seja capaz de servir de boa vontade durante seis anos para que no sétimo se torne livre, para que então possa entregar-se à contemplação da verdade. Se encontra-se entre vós alguém que seja Jacó, ou que possa considerar-se digno de um tal nome, por ser um homem forte e valente na luta, lutador indomável, vencedor dos vícios, para que algumas coisas vença pela fortaleza, outras vença pelo discernimento, quem assim for certamente não só servirá de boa vontade durante sete anos, como também por mais sete anos, os quais diante de tamanha graça lhe parecerão poucos dias pela grandeza do amor, desde que possa chegar aos braços de Raquel, ainda que tardiamente. Quem quer, portanto, chegar aos braços de Raquel, é necessário que por ela sirva sete e mais sete anos, para que aprenda a repousar, não apenas das más obras, como também dos pensamentos supérfluos.

Para que, porém, possamos entender mais comodamente as coisas que devem ser ditas sobre a contemplação e poder mais retamente julgá-las, devemos primeiro investigar o que ela seja determinando ou definindo como ela difere do pensamento ou da meditação.

Deve-se saber que um mesmo e idêntico assunto pode ser apreendido de um modo diverso pelo pensamento, trabalhado de outro pela meditação e admirado ainda por outro pela contemplação.

O pensamento vaga por caminhos impraticáveis, sem relação com um achado final, passo a passo, por um ou outro lugar.

A meditação se esforça com grande indústria de alma por caminhos freqüentemente duros e ásperos em direção a um determinado fim.

A contemplação, por um vôo livre, onde quer que seja conduzida, o faz pelo ímpeto de uma admirável agilidade.

O pensamento arrasta-se, a meditação caminha ou, quando muito, corre. Mas a contemplação voa e, se quiser, se eleva às alturas.

O pensamento é sem trabalho e sem fruto, a meditação possui trabalho com fruto, enquanto que a contemplação, sem trabalho, permanece com o fruto.

No pensamento temos divagação, na meditação investigação, na contemplação admiração.

O pensamento provém da imaginação, a meditação da razão, a contemplação da inteligência.

Eis três coisas diversas: a imaginação, a razão e a inteligência. A inteligência possui o lugar supremo, a imaginação o ínfimo, e a razão o intermediário. Todas as coisas que estão submetidas ao sentido inferior, é necessário que o estejam também ao sentido superior. De onde consta que todas as coisas que são abarcadas pela imaginação, esta e também muitas que estão acima delas sejam abarcadas pela razão. Semelhantemente, aquelas que a imaginação ou a razão abarcam, caem sob a inteligência, assim como também outras que aquelas não podem compreender.

Vede, portanto, quão amplamente se expande o raio da contemplação, que a tudo ilumina. E ainda que freqüentemente pessoas diversas se ocupem de um mesmo assunto, uma pelo pensamento, outra pela meditação e outra pela contemplação, o pensamento sempre transita por um movimento desordenado de uma coisa a outra, a meditação persevera intransigentemente em uma só coisa, enquanto que a contemplação sob um único raio de visão se difunde sobre inumeráveis.

Nunca a contemplação pode se dar sem a vivacidade da inteligência. Todas as vezes em que a alma que contempla se dilata para o mais alto, todas as vezes em que se eleva às coisas superiores, todas as vezes em que se torna aguçada para o indescritível, todas as vezes em que por uma admirável agilidade quase sem demora é arrebatada por inumeráveis coisas, não duvido que isto lhe acontece por uma certa força da inteligência. Estamos dizendo isto por causa daqueles que consideram indigno que as coisas inferiores possam cair sob o olhar da inteligência ou até mesmo pertencer à contemplação. Todavia, dizemos de modo próprio e especial ser contemplação aquela que diz respeito ao que há de mais sublime, onde a alma se utiliza da pura inteligência. A contemplação, de fato, sempre é de coisas manifestas por sua própria natureza, ou familiarmente conhecidas pelo estudo, ou transparentes pela revelação divina.

A contemplação pode assim ser definida: “Uma perspicácia livre da mente, suspensa com admiração no espetáculo da sabedoria”. Ou então pode ser certamente definida do seguinte modo, conforme foi do agrado ao principal teólogo de nossos tempos, que a explicou nestes termos: “A contemplação é uma visão livre e perspicaz da alma que abarca as coisas que examina, enquanto que a meditação é uma aplicação perseverante da mente, insistindo com diligência em algo a ser investigado”. Ou também: “A meditação é uma cuidadosa visão da mente veementemente ocupada na investigação da verdade. O pensamento é uma visão descuidada da alma, e inclinada à divagação”.

Vemos, portanto, ser comum e quase que substancial a estas três coisas o serem uma certa visão da alma. É comum, porém, tanto à contemplação como à meditação, ocupar-se a respeito de coisas úteis e principal e assiduamente entregar-se ao estudo da ciência e da sabedoria. Nisto costumam diferir maximamente do pensamento, que na maioria dos momentos costuma entregar-se a objetos frívolos e inúteis, e sem nenhum freio do discernimento intrometer-se em tudo e com precipitação.

Ocorre freqüentemente na divagação de nossos pensamentos que por eles se desperte um desejo de conhecer e que nisto se insista com fortaleza. Quando, porém, a mente, para satisfazer este seu desejo, se entrega ao estudo, já excedeu, entretanto, pelo pensamento, o próprio modo do pensamento, e o pensamento transita para a meditação. Costuma também ocorrer algo semelhante com a meditação. A verdade longamente buscada e às vezes encontrada é tomada com avidez pela mente, que a admira com exultação e em sua admiração permanece longamente. Isto já é exceder a meditação pela própria meditação e transitar pela meditação à contemplação; de fato, é próprio da contemplação permanecer com admiração no espetáculo de sua alegria.

Embora aquele raio perspicaz da contemplação sempre permaneça suspenso em algo pela grandeza da admiração, todavia nem sempre isto ocorre de um único modo, nem de modo uniforme.
Na alma do que contempla aquela vivacidade da inteligência vai e volta com admirável agilidade. Depois se dobra, como que girando; depois ainda se recolhe como que a uma só coisa, e se fecha como que amavelmente.

Se examinarmos atentamente, veremos que a forma desta coisa é cotidianamente observada no vôo dos pássaros. Vede como alguns deles agora se elevam às maiores alturas, depois mergulham abruptamente até bem próximo do chão, e repetem com freqüência seus modos de subidas e descidas. Vede como alguns ora se dirigem para a direita, ora desviam para a esquerda e ora nesta, ora naquela parte, inclinando-se apenas um pouco, quase nada se movem, reiterando de muitos modos a sua trajetória. Assim como o vôo das aves, o vôo da nossa contemplação varia de muitas formas, e se realiza de modo variado segundo a pessoa e o objeto. Ora sobe e desce do inferior ao superior e do inferior ao superior, ora da parte ao todo, ora do toda à parte discorre pela agilidade de sua consideração e ao que importa saber ora é conduzido por um argumento maior ou menor. Ora se desvia para uma parte, ora para a parte oposta e o conhecimento dos contrários é trazido à luz pela ciência dos contrários, e por vários modos de considerações opostas costuma variar sua execução. Às vezes corre ao anterior, e subitamente retorna ao posterior, ora considera os efeitos, ora as causas ou por quaisquer antecedentes ou conseqüentes aprende o modo ou a qualidade das coisas. Às vezes conduz a nossa especulação como que em giro, quando considera o que seja cada coisa juntamente com muitas comuns. Outras vezes permanece imóvel em um só e mesmo lugar de nossa consideração, quando em qualquer ser da coisa ou propriedade apreendida ou admirável a intenção do que contempla permanece livremente.

Eis que com isto ensinamos, determinando ou definindo, o que seja a contemplação. Resta agora que a dividamos em espécies e que vejamos, em seguida, quais são os gêneros de contemplação.

Seis são os gêneros de contemplação inteiramente distintos entre si. O primeiro está na imaginação, e é somente segundo a imaginação. O segundo está na imaginação, mas é segundo a razão. O terceiro está na razão, mas é segundo a imaginação. O quarto está na razão, e é segundo a razão. O quinto está acima da razão, mas não além da razão. O sexto está acima da razão, e parece ser além da razão. Dois, portanto, estão na imaginação, dois na razão, e dois na inteligência.

Nossa contemplação, sem dúvida, versa na imaginação quando é conduzida à consideração da forma e da imagem das coisas visíveis, quando com admiração observamos e observando admiramos as coisas corporais que percebemos com os sentidos corpóreos o quanto são muitos, o quanto são grandes, o quanto são diversos, o quanto são belos ou agradáveis, e em todas estas coisas veneramos com admiração a potência, a sabedoria e a bondade daquela superessência criadora, e a admiramos com veneração.
O segundo modo de contemplação é o que consiste na imaginação, embora proceda e seja formado pela razão, o que se realiza quando aquilo que considera na imaginação e que já dissemos pertencer ao primeiro gênero de contemplação, buscamos e investigamos a razão, ou melhor, descoberta e conhecida, à trazemos à nossa consideração com admiração. No primeiro gênero admiramos as próprias coisas, no segundo admiramos a sua razão, sua ordem, sua disposição e a causa de cada coisa, comparamos o seu modo e a utilidade, especulamo- las e admiramo-las. E, embora sob certos aspectos a contemplação pela qual buscamos a razão das coisas visíveis pareça estar na razão, todavia corretamente dizemos estar situada mais na imaginação, porque tudo o que nela buscamos ou encontramos raciocinando, a elas sem dúvida acomodamos as coisas que tratamos pela imaginação quando insistimos neste raciocínio sobre elas e por causa delas.

Dissemos que o terceiro gênero de contemplação é o que se forma na razão segundo a imaginação. Isto ocorre quando pelas semelhanças das coisas visíveis levantamos a especulação às coisas invisíveis. Esta especulação consiste na razão, porque ela insiste pela intenção e pela investigação somente em coisas que excedem a imaginação. É dita, porém, formar-se segundo a imaginação porque é pela imagem e semelhança das coisas visíveis que é trazida a esta especulação.

O quarto gênero de contemplação é aquele que se forma na razão e segundo a razão. Ele ocorre quando, removido todo ofício da imaginação, a alma se dirige somente a coisas que a imaginação não conhece, mas que a mente recolheu pelo raciocínio ou compreendeu pela razão. Insistimos nesta especulação quando conhecemos pela experiência as coisas que em nós são invisíveis, e entendemos pela inteligência as coisas que conduzimos à consideração, e pela consideração destas coisas levantamos a contemplação às almas celestes e aos bens supremos da inteligência.

O quinto gênero de contemplação é o que está acima da razão, mas não além da razão. A mente se ergue a esta forma de contemplação quando conhecemos pela revelação divina aquilo que nenhuma razão humana pode compreender plenamente e que não podemos investigar de modo íntegro por nenhum de nossos raciocínios. Tratam-se daquelas coisas que cremos e provamos pela autoridade das divinas escrituras sobre a natureza divina e sua simples essência. Embora estas coisas estejam acima da razão, não se deve reputá-las estarem além da razão, pois aquilo que aqui é apreendido pela agudeza da inteligência não pode ser contradito pela razão; ao contrário, com uma certa facilidade ela pode chegar a assentí-las e atestá-las.

O sexto gênero de contemplação é aquele que versa sobre as coisas que estão acima da razão, e que parecem estar além ou mesmo contra a razão. Neste que é o supremo e o mais digno de todos os modos de contemplação a alma verdadeiramente exulta e tripudia quando conhece pela irradiação da luz divina e considera aquelas coisas de que a razão humana reclama, como são quase todas as coisas de que somos ordenados a crer sobre a Trindade das Pessoas. Sobre estas coisas, quando se consulta a razão humana, esta nada mais (parece) poder fazer do que contradizê-las.

Assim, duas destas contemplações estão na imaginação, porque tem por objeto apenas coisas sensíveis. Duas estão na razão, porque têm por objeto apenas coisas inteligíveis. Duas subsistem na inteligência, porque tem por objeto apenas intelectíveis. Chamo coisas sensíveis a quaisquer coisas visíveis, e perceptíveis pelos sentidos corporais. Chamo inteligíveis às coisas invisíveis, compreensíveis, porém, pela razão. Chamo neste lugar de intelectíveis às coisas invisíveis e incompreensíveis à razão humana. Destes seis gêneros de contemplação os quatro inferiores versam principalmente sobre coisas criadas. Os dois supremos versam sobre coisas incriadas e divinas. Sem dúvida alguma os dois primeiros tratam de coisas visíveis e criadas. Os dois últimos tratam de coisas invisíveis e incriadas. Os dois intermediários tratam de coisas invisíveis e criadas.

Deve-se notar que assim como os dois últimos se elevam acima da razão, assim os dois intermediários se elevam acima da imaginação. E assim como o mais sublime de todos não costuma admitir quase nenhuma razão humana, assim também o mais sublime dos intermediários deve excluir de si toda a imaginação. E assim como o inferior entre os dois últimos e supremos está acima da razão, não todavia além da razão, assim também o inferior dos dois intermediários se eleva acima da imaginação, embora não esteja além da imaginação.

Costumam todavia estes gêneros de contemplação que distinguimos misturarem-se às vezes entre si, e os modos das propriedades que assinalamos combinarem-se entre si por uma mistura entre si. Nossa intenção, para a evidência da doutrina, foi a de ensinar o que é próprio de cada um, mostrando, todavia, o que eles tenham de comum ou de semelhante.

Quem quer que deseje atingir a culminância da ciência deve conhecer familiarmente estes seis modos de contemplação. Por estas seis asas da contemplação somos destacados do que é terreno e elevados ao que é celeste. Não duvideis não terdes alcançado a perfeição se ainda carecerdes de algum deles.

“Quem me dera asas como a pomba, e voarei e acharei descanso?” Salmo 54,7

Sei, todavia, que nestas duas primeiras asas não é concedido voar do terreno ao celeste, e poder penetrar nas coisas árduas do céu.

Embora tenhamos asas sublimes e sutis para voar sobre as coisas terrenas nestes dois primeiros gêneros de contemplação, se nos contentarmos apenas com eles pouco isto será para nós, pois nisto muitos sábios deste mundo possuem uma exímia competência. Entende que ainda és animal terreno e não celeste enquanto estiveres contente apenas com estas duas asas. Certamente, se és ainda animal terreno, e se até hoje possuis corpo terreno, tal como o Apóstolo descreve e preceitua mortificar, será um progresso no bem para ti ser-te pronto, assim que o quiseres, poder velar este corpo e esconde-lo das recordações dos teus olhos: “Mortificai”, diz o Apóstolo, “os vossos membros terrenos, a fornicação e a impureza”. Col. 3, 5

O que significa velar este corpo sob as asas da mencionada contemplação senão moderar pela consideração da mutabilidade mundana a concupiscência das coisas do mundo, ou melhor ainda, conduzí-la ao inteiro esquecimento? Podeis ver, segundo penso, o quanto vale ser conduzido ou ocultado por estas asas. Tendes, ademais, nestas asas como, se o quiserdes, podereis voar. É coisa boa poder voar bem, e o quanto podes afastar-te do amor do mundo. Voam bem nestas asas aqueles que bem consideram a mutabilidade das ilusões do mundo, e por uma assídua retratação se afastam de sua ambição. Embora, portanto, por este par de asas não possas voar até o céu, talvez poderás seguro e tranqüilo chegar a um porto de descanso sob a condução de seus remos. Considero que não terás recebido em vão as penas das asas destas duas contemplações se tiveres podido voar até aqui. Pouco porém será para ti teres recebido estas duas asas; para que proves ser um animal celeste estuda e esforça-te pelo menos para ter dois pares, e então certamente terás com que poderás voar até o que é celeste.

Assim, quando começares já a ter quatro asas, quando já te considerares um animal celeste, e possui já um corpo celeste, estuda todavia a forma de ainda poder velá-lo sob estas asas. Há, de fato, corpos celestes corpos terrestres, e outra é a glória das coisas celestes e das coisas terrestres. Se, portanto, todo o teu corpo for lúcido, não possuindo em si nenhuma parte de trevas, será útil todavia ocultá-lo dos olhos da arrogância humana, e moderar a claridade da própria estimação sob a incerteza da mutabilidade humana. Por isto é bom, para o homem dissimular seus próprios bens, e nada presumir de seus méritos, e guardar-se sempre na humildade. No primeiro par de asas, portanto, vele o homem o seu corpo; no segundo, voe para o céu. Procure quem quer que seja espiritual sempre pelo estudo e pelo desejo estar nas coisas celestes, e possa dizer com o Apóstolo: “Nossa conversação está nos céus”.

Fil. 3, 20

Todavia, se te preparares para penetrar, juntamente com o Apóstolo, até o terceiro céu (2 Cor. 12), nunca presumas contentar-te com aqueles dois pares de asas. É necessário sem dúvida possuir todas as seis asas designadas da contemplação para aquele que deseja e ambicione voar até os mistérios do terceiro céu da divindade. Estas seis asas da contemplação somente os perfeitos nesta vida podem possuí-las e com muita dificuldade.

Foi destes seis gêneros de contemplação que Moisés falou, segundo me parece, sob a descrição material daquela arca que o Senhor lhe havia mandado fazer. Primeiramente Deus lhe ordenou fazer “uma arca de pau de acácia, de dois côvados e meio de comprimento, um côvado e meio de largura e altura de um côvado e meio”. Ex. 25, 10 Este é o primeiro gênero de contemplação. Depois estabeleceu que “Revesti-la-ás de ouro puríssimo por dentro e por fora”. Ex. 25, 11 Este é o segundo gênero de contemplação. Em terceiro lugar, “Farás sobre a arca uma coroa de ouro em roda”, Ex. 25, 11 que é o terceiro gênero de contemplação. O quarto gênero de contemplação entendêmo-lo como sendo o propiciatório, (uma como bandeja que deveria ser posta sobre a arca, cobrindo-a em toda a sua extensão): “Farás também o propiciatório de ouro puríssimo; o seu comprimento terá dois côvados e meio, e a largura um côvado e meio”. Ex. 25, 17

O quinto e o sexto gênero de contemplação é designado pelos dois querubins que deveriam ser postos sobre o propiciatório, o qual, por sua vez, deveria ser colocado sobre a arca: “Farás também dois querubins de ouro batido nas duas extremidades do oráculo. Um querubim esteja de um lado e outro esteja de outro. Estes querubins terão as asas estendidas para cima, cobrindo com elas o propiciatório, e estejam olhando um para o outro com os rostos voltados (para baixo) para o propiciatório, com o qual deve estar coberta a arca. De cima do propiciatório te darei as minhas ordens, e do meio dos querubins, e te direi todas as coisas que por meio de ti intimarei aos filhos de Israel”. Ex. 25, 17-22

e examinarmos o modo como a arca deveria ser fabricada, verificaremos que de todas as seis partes a serem feitas somente a primeira é de madeira, enquanto que todas as demais são de ouro. Assim também todas as coisas de onde provém o primeiro gênero de contemplação são nos dadas pelos sentidos corpóreos, e as representamos pela imaginação segundo o quisermos. Todas as demais de onde se originam as seguintes são recolhidas pela razão ou são compreendidas pela simples inteligência. Pensa, portanto, quanta é a diferença entre a madeira e o ouro. A madeira são as coisas que estão submetidas à imaginação; o ouro, as coisas que estão submetidas ao intelecto. O ouro refulge por si com grande claridade; a madeira em si nada possui de claridade senão aquilo que o fogo acende. Assim também a imaginação não possui em si nenhuma luz de prudência, nada tem de claro, a não ser que costuma estimular a razão ao discernimento e dirigir a investigação à ciência.

Corretamente também o segundo gênero de contemplação, no qual se busca a razão das coisas visíveis, é figurado no revestimento da madeira com ouro. O que mais não é assinalar a razão das coisas visíveis e imagináveis do que revestir a madeira com ouro?

A coroa da arca representa o terceiro gênero de contemplação em que costumamos subir ao invisível através do visível. O propiciatório é superposto à madeira da arca por todos os lados e por isso convenientemente figura aquele gênero de contemplação que excedendo toda a imaginação utiliza a razão segundo a razão.

Já os dois últimos gêneros de contemplação são designados pela figura angélica.

Note-se que os primeiros quatro modos de contemplação são de uma certa forma unidos na arca, enquanto que os dois últimos são separados e colocados separadamente sobre a arca. Nos quatro primeiros gêneros de contemplação crescemos cotidianamente pela nossa própria indústria com o auxílio divino, e somos promovidos de um a outro. Mas estes dois últimos dependem inteiramente da graça e são completamente distantes e muito remotos de toda a indústria humana, a não ser na medida em que alguém receba do céu e conserve em si mesmo o hábito divino da semelhança angélica.

Retornemos, porém, agora, para cada um dos seis gêneros de contemplação, (para examiná-los individualmente em seus pormenores), começando primeiramente pelo primeiro.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

cock sucking aino on cam.https://onlyragazze.com sesso videos sexual healing with two catholic nuns.